Alerta no ar: avião da Lufthansa declara emergência e pousa em Guarulhos

Aeronave que ia para Buenos Aires precisou desviar duas vezes antes de pousar no Brasil

Um avião modelo Boeing 747, da companhia Lufthansa, precisou realizar um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, na tarde desta terça-feira (8). A aeronave havia partido de Frankfurt, na Alemanha, com destino final em Buenos Aires, mas enfrentou condições meteorológicas desfavoráveis ao se aproximar da capital argentina.

O piloto tentou pousar duas vezes em Buenos Aires, sem sucesso. Por medida de segurança, a torre de controle local determinou que o voo fosse desviado para Assunção, no Paraguai, onde o avião conseguiu aterrissar. Lá, permaneceu em solo por cerca de uma hora e vinte minutos, enquanto se avaliava a possibilidade de retomar o trajeto original.

Emergência declarada por risco operacional e baixo combustível

Após o tempo de espera no Paraguai, a aeronave voltou a decolar rumo a Buenos Aires. Entretanto, o mau tempo persistiu, inviabilizando novamente o pouso na capital argentina. Diante da situação, o comandante declarou mayday, termo que indica uma emergência grave na aviação civil.

Além do clima desfavorável, o combustível já estava próximo do limite seguro para operação e a tripulação havia atingido o tempo máximo permitido de jornada de trabalho, segundo as normas internacionais. Diante disso, foi necessário um novo desvio, dessa vez para o Brasil.

O Aeroporto de Guarulhos foi escolhido para o pouso de emergência. A operação foi acompanhada por equipes de emergência, como prevê o protocolo padrão em casos de mayday. O pouso foi realizado com segurança, sem registros de feridos entre os passageiros ou tripulantes.

Empresa não se pronuncia e caso segue sob apuração

A movimentação da aeronave pôde ser acompanhada em tempo real pela plataforma FlightRadar24, que registra e disponibiliza rotas de voos em todo o mundo. As mudanças de trajeto chamaram atenção dos especialistas e entusiastas da aviação.

Em nota, a administração do Aeroporto de Guarulhos informou que as decisões sobre rotas e voos são de responsabilidade das companhias aéreas, e que apenas prestou apoio à operação de emergência, conforme os protocolos estabelecidos.

A reportagem procurou a Lufthansa para comentar o caso, mas até o momento do fechamento desta matéria, não houve retorno oficial por parte da empresa alemã. O episódio reforça os desafios da aviação diante de condições climáticas instáveis e das rígidas regras de segurança internacional.

Confira também