Sistema de localização usado no país é militar e controlado por Washington
O GPS, tecnologia que guia milhões de brasileiros diariamente, é um sistema militar pertencente aos Estados Unidos. Apesar de parecer uma ferramenta civil e gratuita, o serviço pode ser modificado ou interrompido a qualquer instante por decisão estratégica do governo americano. Isso significa que o Brasil — assim como dezenas de outros países — não possui autonomia sobre o principal sistema de geolocalização usado em território nacional.
A vulnerabilidade vai além do uso em celulares. Setores como logística, aviação, agricultura de precisão, segurança pública e navegação dependem diretamente desse sinal. Caso os EUA decidam limitar ou desligar o acesso em situações de conflito internacional, o impacto no Brasil seria imediato e abrangente, afetando desde entregas até sistemas de defesa e comunicações.
Brasil não possui alternativa própria e segue exposto a decisões externas
Outras potências, como China (BeiDou), Rússia (GLONASS) e União Europeia (Galileo), já operam sistemas próprios. O Brasil, no entanto, ainda não investiu em uma rede independente. Sem essa infraestrutura, o país permanece totalmente dependente de uma tecnologia que não controla — e que pode ser usada como instrumento de pressão ou vantagem estratégica pelos Estados Unidos.
Especialistas em soberania tecnológica alertam que a construção de uma solução brasileira ou multilateral é urgente. Caso contrário, o país seguirá sujeito a riscos invisíveis, mas profundos, em tempos de tensão ou guerra global.