Estudante de 16 anos fere três pessoas e causa morte de menina em instituição de ensino no interior gaúcho
Um ataque violento cometido por um adolescente de 16 anos deixou uma criança morta e ao menos três pessoas feridas, na manhã desta terça-feira (9), em uma escola municipal na cidade de Estação, no norte do Rio Grande do Sul. O crime ocorreu por volta das 10h, na Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi, que atende 152 alunos no centro do município.
Segundo autoridades locais, o agressor entrou no colégio dizendo que queria entregar um currículo. Pouco depois, lançou bombinhas no chão para causar pânico e invadiu uma sala de aula portando uma faca, com a qual atacou quatro pessoas — entre elas, três crianças e uma professora.
Prefeito confirma morte de aluna e atendimento a outros feridos
A vítima fatal era aluna do terceiro ano do ensino fundamental e foi atingida no tórax. Apesar dos esforços médicos, a menina não resistiu aos ferimentos. As demais crianças sofreram cortes superficiais na cabeça e foram socorridas no Hospital São Roque, na vizinha Getúlio Vargas. Já a professora ferida foi encaminhada ao Hospital Santa Terezinha, em Erechim.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, o prefeito Geverson Zimmermann afirmou que o agressor era conhecido na cidade e estava em tratamento psicológico. Ele teria sido atendido por um profissional de saúde mental no dia anterior ao ataque.
Comunidade em choque e aulas suspensas por tempo indeterminado
A Prefeitura de Estação declarou luto oficial e suspendeu as aulas da rede municipal por tempo indeterminado. Em nota oficial, o governo local lamentou o “trágico acontecimento” e disse estar prestando apoio integral às famílias e à comunidade escolar.
A Brigada Militar informou que o agressor foi apreendido no local com o auxílio de populares, após tumulto na entrada da escola. A Polícia Civil já iniciou a apuração do caso e colheu depoimentos preliminares do jovem, que permanece sob custódia.
O episódio reacende o alerta para a crescente onda de violência em ambientes escolares e levanta questionamentos sobre o acesso de menores a instituições públicas de ensino sem controle rigoroso.